segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Folgas entre atividades

Quando eu monto uma rede de precedências tipicamente tenho caminhos alternativos: há várias rotas pelas quais eu posso fazer o serviço. A execução por uma rota pode ser menos apertada do que nas demais. Nessa rota aparecem as atividades que têm folgas, ou seja, atividades que eu posso atrasar um pouquinho sem que isso perturbe a data de entrega do projeto. Em compensação, tem outras atividades que, se eu atrasar sua execução, elas atrasam o final do projeto. Essas são as atividades chamadas críticas: se ela atrasar prejudica o prazo previsto.

Os softwares de gerenciamento de projetos são capazes de fazer cálculos para identificar isso. Como forma de representar, o programa mostra as atividades críticas em vermelho.

Existe também o conceito de folga livre e folga total. Imagine uma atividade que pode atrasar quatro dias, e ela gruda em sua sucessora que permite atrasar mais sete dias; então a folga total dessa atividade seria toda folga do caminho se só ela atrasasse.

As folgas devem ser vistas e claras. Eu tenho acompanhado as publicações da Sociedade Americana de Engenheiros Civis Na última folha sempre tem disputas legais: uma que eu achei interessante é que, em uma obra de engenharia grande, um empreiteiro usou a folga do cronograma. O que aconteceu? O dono do cronograma disse que a folga era dele. Eles entraram em disputa, porque o empreiteiro não podia usar uma folga sem autorização e em benefício do projeto. Com isso, percebam a importância de se ilustrar bem e saber quem é dono da folga quando você tem um cronograma de muitas atividades.

Reunindo as atividades que não têm folgas, ou seja, aquelas atividades críticas, tenho como resultado o que a gente chama de caminho crítico. Na realidade, todo cronograma tem pelo menos um caminho crítico.

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