segunda-feira, 19 de maio de 2008

Você está disposto a correr riscos para realizar o seu sonho?

Projetos pessoais também têm riscos envolvidos. Riscos são todas as possibilidades de algo dar errado durante a execução de um plano. Como eles são inerentes ao projeto, você tem que estar disposto a enfrentá-los, sempre buscando o lado positivo.

Para que você entenda melhor o que eu quero dizer, vou dar como exemplo o que aconteceu com Silvio Wille, autor do livro Meu Projeto Pessoal.

Numa entrevista, quando perguntado sobre os riscos nos projetos pessoais, ele disse: “quando eu busquei fazer a pós-graduação no exterior, não tinha certeza se eu teria ou não bolsa de estudos. Eu era recém casado e nós - minha esposa e eu - tínhamos sido aceitos para fazer a pós-graduação. Mas chegou na hora e não tivemos bolsa. A gente poderia ter feito igual todo mundo... puxa, não deu! Mas nós queríamos tanto... O fizemos então? Calculamos tudo o que tínhamos de economia, vendemos meu carro Corcel I e eu pedi a conta no meu emprego. É um caso interessante, porque na época eu trabalhava numa empresa e fazia meu serviço com grande entusiasmo. Quando pedi a conta expliquei que eu estava indo estudar, contei que estava sem bolsa. Sabe o que aconteceu? Quando cheguei para fazer o acerto meu chefe disse ‘sei que você vai ficar chateado mas nós decidimos te mandar embora’! É como eu digo: os amigos e o mundo contribuem para que teus sonhos dêem certo. Esse fato foi importante porque no fundo ajudou a facilitar o processo”.

Mas qual é o lado positivo? Segundo Silvio Wille “quando você quer muito realizar um sonho e toma uma atitude como essa, você tem que pensar ‘o máximo que vai dar errado é daqui a seis meses a gente voltar para casa com o rabo entre as penas, mas no mínimo a gente morou seis meses num outro lugar’. Não pense só no lado ruim dos teus sonhos eventualmente interrompidos. Veja o meu caso, no final, as coisas se ajeitaram e realizamos o nosso sonho de fazer mestrado no exterior”.

Essa é a diferença entre só pensar no sonho como um todo e dividir pedacinhos. Na hora em que Silvio e a esposa resolveram estudar no exterior mesmo sem bolsa, se apegaram ao pedacinho, ou seja, para eles, já teria sido um espetáculo ter ficado seis meses juntos, longe da família, enfrentado uma situação nova e voltar para casa com domínio de outra língua. Porque você não pode pensar em algo assim no seu dia-a-dia também? Veja que legal esse pensamento de Kanitz: “não são os grandes planos que dão certo, mas os pequenos detalhes”.

Nenhum comentário: