segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Titanic e a análise de riscos

Muito interessante esta análise que os autores Alencar e Schmitz fazem ao levantar os riscos no “Projeto Titanic”. Escrevo abaixo um resumo simplificado.

Primeiramente, o Titanic não passou por testes, ou seja, sua primeira vez nos mares foi realmente inaugural – naquela época (1912) os navios já passavam por períodos de testes, em que equipamentos, motores e estrutura são colocados para funcionar “no mundo real”.

Outro risco: o navio percorreu os mares em alta velocidade para bater records. Segundo cálculos, o navio ia a 37,12 Km/h e percorreria mais de 1 km para parar completamente. Como ainda não existia radar, os navios tinham marinheiros no alto da gávea (tipo posto de observação bastante elevado) vigiando o mar com binóculos. Mas no caso do Titanic, eles simplesmente não tinham binóculos! – falta de recurso para completar uma tarefa com importantíssima de segurança.

O Titanic recebeu informações de vários navios de que havia icebergs naquela região, e mesma assim, nada foi feito no sentido de contingência, como diminuir a velocidade por exemplo, para diminuir o espaço percorrido antes de parar. E vamos combinar... será que havia alguma comunicação? Será que quem deveria saber dos icebergs sabia?

Para terminar: é fato conhecido que não havia botes salva-vidas suficientes para todos os tripulantes. Isso foi questionado ainda em tempo de “projeto”, mas foi “deixado pra lá”.

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